I – PRÉ-HISTÓRIA
A
Pré – História é o período da História antes da escrita.
Divide-se
em:
-
Paleolítico, período no qual a
sociedade é recolectora, ou seja recolhe tudo o que a natureza lhe dá, através
da caça, da pesca e da recoleção, praticando um modo de vida nómada, já que
quando os alimentos se esgotam num sítio, os têm que procurar noutro.
No
período Paleolítico o homem
praticava arte:
-
Móvel – ligada a rituais de fecundidade
-
Rupestre – ligada a rituais mágicos.
-
Neolítico, período no qual a
sociedade é produtora, através da agricultura, da criação de gado e do
artesanato (moagem, tecelagem, cestaria e cerâmica) e tem um modo de vida
sedentário para poder tratar das sementeiras e gado. Surgem os primeiros
aldeamentos.
As
primeiras sociedades produtoras apareceram junto dos grandes rios. Uma dessas
zonas é a do Crescente Fértil.
No
período Neolítico a arte é megalítica - composta por grandes pedras. Esta arte
liga-se aos cultos agrários e da Natureza.
Quer
no Paleolítico, quer no Neolítico, o
Homem pratica o culto dos mortos.
Paleolítico: enterramentos
Neolítico: nas Antas ou
dólmenes
II - EGITO
Localização do
Egito
Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma
e na vida depois da morte.
Acreditavam que a alma seria julgada no
Tribunal de Osíris e, se merecesse, receberia como recompensa a vida eterna.
Era necessário que o corpo se mantivesse
conservado e, por isso, os egípcios mumificavam os corpos.
As
múmias eram colocadas em sarcófagos
Os
órgãos eram depositados nos vasos canopos, exceto o coração.
Para os faraós e sua família foram construídos
túmulos funerários grandiosos –as pirâmides (fig.6)- com o objetivo de servirem
de morada para a vida eterna.
Como adoravam vários deuses, eram politeístas, construíam
templos para os adorarem
III – CIVILIZAÇÃO GREGA
Em Atenas, Clístenes e Péricles, no séc V a. C., promoveram a participação
de todos os cidadãos na vida da pólis.
O governo democrático de Péricles foi de tal forma marcante que o século em
que viveu, o quinto a. C., se denomina de “Século de Péricles”.
Todos os cidadãos podiam participar nos órgãos políticos da pólis –
Democracia Directa.
Os cidadãos eram escolhidos por sorteio ou eleição.
Na colina da Pnix, três ou quatro vezes por mês, era hasteada a bandeira a
convocar os cidadãos para a Assembleia a fim de discutirem e aprovarem as
leis, elaboradas pela Bulé.
Na colina do Areópago funcionava o Tribunal que decidia da pena de morte.
Eram cidadãos os indivíduos de sexo masculino, maiores de 18 anos, filho de
pai e mãe ateniense. Tinham o direito e o dever de participar no governo da
polis. Só eles podiam possuir propriedades, não estando sujeitas a impostos.
Tinham o dever de cumprir o serviço militar.
Que limitações tinha a democracia ateniense?
As mulheres não podiam participar na vida política. Cabia-lhes educar os
filhos e gerir a casa.
Viviam na dependência de pais e maridos. Permaneciam, grande parte do
tempo, na parte feminina da casa – o Gineceu.
Os Metecos eram os estrangeiros residentes em Atenas. Não podiam participar
na vida da sua cidade. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, chegando a
acumular grandes fortunas. Tinham o dever de cumprir o serviço militar e de
pagar impostos.
Os escravos não tinham nenhuns direitos.
Quem tentasse tomar o poder da pólis, era votado ao ostracismo
(exílio)
Tal como outros, o filósofo Sócrates acusado de corromper, a juventude foi
condenado à morte.
Atenas tentou dominar outras cidades e fundou a Liga de Delos, ou seja, foi
imperialista.
Arte Grega
A arte grega atingiu o apogeu nos
séculos V e IV a. C. – período clássico.
O que caracteriza a arte clássica
é a HARMONIA e o EQUILÍBRIO.
A arquitetura obedecia a três Ordens:
Dórica; Jónica e Coríntia.
ORDEM DÓRICA – mais sóbria e severa.
ORDEM JÓNICA – mais rica de ornamentação
ORDEM CORÍNTIA – é uma variante da ordem
jónica, que se distingue apenas pela decoração do capitel.
Faz a legenda da figura:
1 – Ordem Dórica
2 – Ordem Jónica
A ARQUITETURA grega
tinha as seguintes características:
Simplicidade e elegância
Harmonia
Cuidado com detalhes
Ordem Dórica; Jónica e Coríntia
ESCULTURA
A escultura tem um profundo sentido
HUMANISTA, isto é, valoriza e enaltece o HOMEM.
Apresenta beleza ideal; Harmonia e
proporção; Serenidade e calma; simplicidade e elegância; naturalidade;
movimento.
PINTURA
Vasos produzidos no século VI a.C.,
destacam-se as figuras negras sobre o fundo vermelho.
A partir do século V a. C., a pintura
das figuras em tons de vermelho ou dourados, sobre fundo negro, permitiu
realçar o brilho do desenho.
Há muita produção nos vasos de cerâmica;
representam cenas mitológicas e do quotidiano
No séc. V, IV a. C, as obras alcançaram
tal perfeição que se tornaram um modelo para muitos artistas de outras épocas.
A arte, em geral, alcançou com os Gregos
grande perfeição e harmonia.
Nos templos, os Gregos utilizaram
três ordens: a ordem dórica, a jónica e a coríntia.
Nas encostas dos montes,
construíram belos anfiteatros.
Na escultura, de grande perfeição,
a figura humana é o tema central.
Na pintura executada, sobretudo,
em vasos de cerâmica constitui uma fonte preciosa para o estudo da civilização
helénica.
A civilização grega influenciou o mundo
Ocidental
Os gregos ampliaram o alfabeto Fenício,
passando-os, depois aos romanos
Divulgaram a moeda
Atenas foi o berço da democracia
O Culto de Dionísio - originou o teato
Grécia – origem da filosofia ( amigo da
sabedoria)
Grécia – origem da História: Heródoto;
Tucídides.
Grécia – origem da Oratória - arte
de bem falar e convencer
Ideal de vida: "Alma sã numa corpo
são". Desenvolveu um sistema de educação integral e equilibrado,
baseado no desenvolvimento da parte intelectual, física e espiritual do ser
humano. Ainda hoje influencia os sistemas educativos ocidentais
Grécia criou os Jogos Olímpicos, em honra do deus Zeus.
Arte grega – um equilíbrio sempre
repetido.
IV - CIVILIZAÇÃO ROMANA~
Factores de romanização
LEGADO CIVILIZACIONAL ROMANO
Os romanos influenciaram a nossa
civilização através de:
- LATIM
-NUMERAÇÃO ROMANA
-CONCEITO UTILITÁRIO DA
ARQUITETURA, construindo estradas; pontes; aquedutos; casas; termas;
teatros; anfiteatros; templos e o
conceito de urbanismo.
- Conceito de arte monumental
- DIREITO Romano
- Direito de cidadania extensivo a todos
os povos livres do Império.
- Administração – Município
- Novas técnicas de fazer artesanato e
agricultura.
- No final do Império, permitiram a
divulgação do Cristianismo.
- Conceito de lazer baseado na comédia e
nos jogos de anfiteatro ( jogos de homens com animais e homens com homens).
- Literatura. Ex. A Eneida de Virgílio
vai influenciar os Lusíadas.
- Imitaram e transmitiram a filosofia
grega.
- Novos elementos na arquitetura como:
V - A SOCIEDADE EUROPEIA ENTRE O SÉCULO VI E XI
Entre
o século V, vários povos germânicos, chamados bárbaros pelos romanos,
pressionados pelos Hunos que vieram do Oriente, invadiram o Império.
Estes
povos guerreiros, também atraídos pelas riquezas do Império, provocaram a destruição
e medo das populações.
Os
Ostrogodos invadiram Roma e os outros povos ocuparam todo o Império romano do
ocidente.
Estes
povos, a pouco e pouco, foram cristianizados dando origem a reinos cristãos.
Entre
o século VIII e X, surge nova vaga de invasões. Desta vez, invadem a Europa os:
-
Muçulmanos
-
Vikingues
.
Húngaros
Perante
o clima de insegurança, as populações fogem para o interior, despovoam as
cidades, o comércio enfraquece-se, há a ruralização da economia, surgindo uma
economia autossuficiente. Os povos pedem a proteção dos Senhores, surgindo o
regime feudal.
A propriedade dominante
entre os séculos IX-XII, era o DOMÍNIO SENHORIAL- pertencente a um membro da
nobreza ou do clero.
O Domínio senhorial é constituído pela Reserva
pertencente aos senhores, membro da nobreza ou do clero, e pelos mansos.
O senhor ficava
com a RESERVA e arrendava os MANSOS aos
camponeses que por isso ficavam sujeitos a obrigações para com ele:
Os camponeses
ficavam com a obrigação de:
Entrega de parte das colheitas
Trabalho na reserva ( corveias)
Utilização do moinho, forno e lagar mediante a
entrega de um imposto em géneros (banalidades).
Ficavam, ainda,
sujeitos à Justiça dos Senhores.
Sociedade Medieval
As relações entre os grupos sociais são regidas pelo
contrato de vassalagem.
Os vassalos ficam obrigados a servir o Senhor na
guerra e na paz, e os Senhores ficam obrigados a proteger os seus vassalos.