terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Oriento o meu estudo - Civilização grega/ romana


Oriento o meu estudo


CIVILIZAÇÃO GREGA     

-  Manual: pág. 51 a 73

- Escola Virtual: Mundo Helénico 

- Estoriar:  

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http://meuestoriar.blogspot.com/search/label/Democracia%20ateniense 

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Oriento o meu estudo 

1.Localizo no espaço e no tempo a civilização Grega. 

2. Explico a formação das Cidades-Estado gregas. 

3. Relaciono as características geográficas com as actividades económicas. 

4. Explico as principais características da religião grega. 

5. Descrevo os principais deuses gregos e heróis 

6. Nomeia as principais formas de culto 

7. Caracterizo as diferentes formas de culto que os gregos prestavam aos seus deuses. 

8. Mostro a importância dos Jogos Olímpicos e do Teatro. 

9. Caracterizo a Democracia ateniense. 

10. Explico as limitações da Democracia ateniense. 

11. Descrevo a sociedade Ateniense. 

12. Avalio o legado que a civilização grega deixou para a atualidade

13. Comparo a democracia ateniense com a atual

14. Localizo a civilização romana

15. Caraterizo a expansão romana

16. Explico como os romanos conseguiram dominar um império tão vasto


 

A Grécia no espaço 

 


 

 

A Grécia situa-se no Sul da Europa, na Península Balcânica,  é banhada pelo Mar Mediterrâneo a sul, pelo mar Jónio a oeste e pelo mar Egeu a leste. Este mar possui, ainda, dezenas de ilhas.   

O território grego tem um litoral muito recortado, com altas escarpas, um interior muito montanhoso e árido, um clima quente e muito seco, um solo rochoso e pouco favorável à prática da agricultura 

    No entanto a maior parte da população vivia desta atividade e da criação de gado. Cultivava cereais; oliveira;  vinha.  No artesanato fabricava vasos de cerâmica, estátuas, armas e navios. A partir do porto do Pireu, os atenienses desenvolveram uma grande frota  comercial. A partir de meados do século VIII a. C., os Gregos expandiram-se e fundaram colónias, territórios independentes mas com laços de união à metrópole. 

 Desta forma, os gregos, desde cedo, procuraram novos locais onde fundaram novas cidades-estado, as colónias, que ficavam ligadas à cidade-mãe, pela língua, e religião. 

 

 

Como está organizado o território grego? 

A Grécia não era um território unificado porque estava dividido em cidades estado, as Pólis.  Cada cidade-estado era independente, ou seja, tinha o seu próprio Governo e Exército bem como a sua própria moeda. A cidade-estado de Atenas era constituída pela acrópole, a ágora, a zona rural a necrópole e o porto. 

As cidades- estado mais importantes, no século V a. C. foram Atenas e Esparta. 

 

Educação Grega 

Enquanto em Esparta se valorizava mais a educação física e guerreira, sendo os rapazes entregues aos 7 anos à pólis para se tornarem verdadeiros guerreiros, em Atenas, rapazes e raparigas eram educados pelas mães até aos 7 anos. A partir daí, as raparigas continuavam com a mãe a aprender as lides domésticas e a música e os rapazes iam à escola onde aprendiam a Gramática, a Retórica, a Oratória, a Filosofia, a Música e exercícios físicos. 

Surge, então, o ideal “Alma sã num corpo são", formação integral do homem que tem por objetivo formar o Homem e o Cidadão. 

 

Características da democracia Ateniense 

 

Em Atenas, Clístenes e Péricles, no séc V a. C., promoveram a participação de todos os cidadãos na vida da pólis. 

O governo democrático de Péricles foi de tal forma marcante que o século em que viveu, o quinto a. C., se denomina de  “Século de Péricles”. 

Todos os cidadãos podiam participar nos órgãos políticos da pólis – Democracia Direta. 

Os cidadãos eram escolhidos por sorteio ou eleição. 

Na colina da Pnix, três ou quatro vezes por mês, era hasteada a bandeira a convocar os cidadãos para a Assembleia  a fim de discutirem e aprovarem as leis, elaboradas pela Bulé. 

Na colina do Areópago funcionava o Tribunal que decidia da pena de morte. 

 

Eram cidadãos os indivíduos de sexo masculino, maiores de 20 anos, com serviço militar cumprido, filho de pai e mãe ateniense. Tinham o direito e o dever de participar no governo da polis. Só eles podiam possuir propriedades, não estando sujeitas a impostos. Tinham o dever de cumprir o serviço militar. 

 

 

 

 

 

Que imperfeições tinha a democracia ateniense? 

As mulheres não podiam participar na vida política. Cabia-lhes educar os filhos e gerir a casa. 

Viviam na dependência de pais e maridos. Permaneciam, grande parte do tempo, na parte feminina da casa – o Gineceu. 

Os Metecos eram os estrangeiros residentes em Atenas. Não podiam participar na vida da sua cidade. Dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, chegando a acumular grandes fortunas. Tinham o dever de cumprir o serviço militar e de pagar impostos. 

Os escravos não tinham nenhuns direitos. 

Havia ostracismo (exílio) 

Condenação à morte. 

Atenas tentou dominar outras cidades e fundou a Liga de Delos, ou seja, foi imperialista. 

 

 

 

Religião Grega 
 

 

 


                                                                             Hades, Zeus, Posídon
 

Os Gregos adoravam muitos deuses. Eram politeístas. Os deuses gregos tinham forma humana – antropomórficos e tinham as mesmas virtudes e defeitos dos humanos.  Podiam metamorfosearem-se.

A mitologia grega é, afinal, uma forma de explicação de fenómenos naturais como as tempestades (Zeus); as estações de ano (mito de Deméter e Perséfone); a origem do mundo  e da vida e das emoções humanas ( Afrodite é deusa d amor, por exemplo) ou mesmo de emoções de ciúme como a experienciada por Hera perante as infidelidades de Zeus.

De qualquer forma, davam segurança aos gregos que lhes prestavam diversos cultos.

Alguns deuses eram adorados em toda a Grécia (caso de Zeus); outros eram especialmente adorados numa cidade, como é o caso de Atena, considerada protetora da cidade de Atenas.

 

O culto era praticado em casa – culto doméstico – em honra dos deuses do lar e dos antepassados. 

 

O culto praticado aos deuses da pólis, era o Culto cívico. Atena era a deusa protetora da cidade de Atenas. 

 

O Culto praticado por todos os gregos nos santuários – era o Culto pan-helénico. Ex. Santuário de Apolo em Delfos; Santuário de Zeus em Olímpia 

 

 

Características do Teatro 

 

Um dos espetáculos preferidos dos Gregos era o Teatro. O teatro nasceu associado ao culto do Deus Dionísio. As peças eram representadas no teatro, espaço semi-circular.Todos os papéis eram representados por homens que usavam máscaras, para se caracterizarem e amplificarem voz. Calçavam uns sapatos de salto alto, os “ coturnos “, para ficarem maiores. 

 

 

Havia dois géneros de representações teatrais: 

- a Tragédia que era normalmente inspirada mas histórias dos heróis e retratava o sofrimento do Homem, vítima do próprio destino, levando o espetador a refletir sobre a sua própria vida. 

Mostravam que o Homem está sujeito ao Destino e é sempre castigado pelos seus crimes. 

Autores: 

Sófocles; Ésquilo e Eurípedes. 

Cena de uma tragédia: “Édipo-Rei”: 

“Édipo, filho dos reis de Tebas, fora abandonado pelos pais, porque os oráculos prediziam que ele viria a matar o pai e a casar com a própria mãe, tornando-se assim r ei de Tebas. Um servo salvou a vida da criança, que cresceu longe daquela cidade, ignorando a sua origem. Anos mais tarde, Édipo veio parar a Tebas e as previsões do oráculo cumpriram-se. 

O Mensageiro (dirigindo-se ao servo) – Vamos, fala. Lembras-te de me ter dado um menino para eu criar como se fosse meu? 

O Servo – Que há? Porque me interrogas assim? 

O Mensageiro (apontando para Édipo) – Eis aqui, amigo, o menino desse tempo. 

O Servo – Que desgraça vais provocar! Vê se te calas! 

Édipo – Onde foste buscar essa criança? Era tua ou de outra pessoa? 

O Servo – Não era minha; tinha-a recebido de alguém 

Édipo – De que cidadão? De que casa? […] 

O Servo – Era um menino do palácio do rei Laio. 

Édipo – Era um escravo ou pertencia à família de Laio? 

O Servo – Ó deuses! É a coisa mais horrível para mim! 

Édipo – E para mim também. Mas tenho de ouvi-la. 

O Servo – Dizia-se que era filho de Laio. Mas tua mulher que está no palácio poderá explicar muito melhor como tudo se passou. 

Édipo – Foi ela própria que te entregou a criança? 

O Servo – Foi ela, ó Rei. 

Édipo – Com que intenção? 

O Servo – Para eu a matar. 

Édipo – Ela! A mãe! Ó desgraçada! 

O Servo – Temia oráculos terríveis! 

Édipo – Que oráculos? 

O Servo – Estava predestinado que mataria seus pais. 

Édipo – Porque a deste a este velho? 

O Servo – Tive pena, Senhor. Julguei que levaria a criança para terras estranhas. Mas salvou-a para grandes desgraças. Se eras tu, fica sabendo que és bem infeliz. 

Édipo – Ai de mim! Ai de mim! Tudo é claro agora! Ó luz do dia, vejo-te pela última vez, eu que nasci de quem não devia nascer, que me casei com quem não devia casar-me e matei quem não devia matar! 

O Coro – Ó geração dos mortais, a vossa vida nada é a meus olhos. A maior felicidade para um homem é a de parecer feliz e de logo morrer. Vejo o teu destino, a tua sorte, infeliz Édipo, e afirmo que não há felicidade para os mortais. 

Levaste o teu desejo além de tudo e couberam-te esplêndidas riquezas. […] Fizeram-te rei, revestiram-te de altíssimas honras e és chefe da grande Tebas. 

E agora quem é mais desgraçado do que tu? A quem lançaram as mudanças da vida em desastres mais terríveis? […] 

O Arauto (vindo do palácio) – Ó vós que sois os homens mais honrados desta terra, que lamentos ireis soltar com o que ides saber e ver! […] Jocasta morreu. 

O Coro – Oh, desgraçada! E qual foi a causa da morte? 

O Arauto – Ela própria. […] Cheia de desespero, foi direita ao quarto, arrancando os cabelos com as mãos; e, depois de entrar, fechou violentamente as portas por dentro. […] Édipo precipitou-se atrás dela […]. Com gritos medonhos, atirou-se de encontro às portas, arrancou os batentes dos gonzos e lançou-se no quarto onde viu sua mulher suspensa da corda que a estrangulava. […] Então, passou-se uma coisa terrível: [feriu violentamente] os olhos, dizendo que não mais veriam os males que sofrera e as desgraças que tinha causado. […] A desgraça não caiu apenas sobre um dos esposos; os dois uniram os seus males. Tiveram de facto uma felicidade verdadeira, em outros tempos. Hoje, porém, nada falta em desventura, lamentos e desastres, mortes e desonras.” 

                                                         Sófocles, Édipo-Rei 

 

 

 

A Comédia retratava com humor temas da vida quotidiana, eram sátiras que criticavam os costumes. Neste género, destacou-se o autor Aristófanes. 

    “Salsicheiro: 

Mas, diga-me uma coisa: como é que eu, um salsicheiro, me vou tornar um político, um líder? 
 
 Primeiro Escravo (general Demóstenes):
 
Mas é precisamente nisso que está a sua grandeza: em você ser um canalha, um vagabundo, um ser inferior!
 
 
Salsicheiro:
 
Pois eu não me julgo digno de tamanho poder!
 
 
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
 
Ai, ai, ai, ai, ai, ai! O que é que te faz dizer que não te achas digno? Estás me parecendo que tens alguma coisa de bom a pesar-te na consciência. Serás tu filho de boa família?
 
Salsicheiro:
 
Nem de sombra! De patifes, mais nada!
 
 
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
 
Homem ditoso! Que sorte a tua! Tens todas as qualidades para a vida pública!
 
 
Salsicheiro:
 
Mas, meu caro amigo, instrução não tenho nenhuma. Conheço as primeiras letras e, mesmo estas, mal e porcamente!
 
 
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
 
Isso não é problema! Que as conheças mal e porcamente! A política não é assunto para gente culta e de bons princípios: é para ignorantes e velhacos!
 

                                                                               Aristófanes,  Os Cavaleiros

 

Jogos Olímpicos 

 

A religião está relacionada com os Jogos Olímpicos porque estes nasceram em Olímpia, em honra do deus Zeus. As guerras eram suspensas durante os Jogos para que todos os Gregos participassem, criando um laço de união entre todos os gregos. 

Realizavam-se várias provas, sendo o pentatlo a mais importante. O vencedor era coroado e era erigida uma estátua erguida em seu nome 




“O regime político ateniense é um regime concebido no interesse das massas e não de uma minoria” Discurso de Péricles, Tucídides

Segundo a Democracia ateniense votavam: todos os cidadãos ( mas eram 10%) da população.

Metecos que queriam votar não o podiam fazer mas pagavm impostos e iam à guerra.; Escravos eram considerados instrumentos vivos

 As mulheres raramente saíam do Gineceu e a sua função era educar o futuro cidadão. Não participavam na vida política..

Logo não er a vontade da maioria que vingava.

 

A religião grega tem a sua origem em Hesíodo, Homero e Ovídio e constitui uma forma de explicação dos fenómenos naturais, da existência, de emoções humanas, ordem social e costumes.

 

Os gregos tinham necessidade de explicar os fenómenos da nautureza e recorriam aoa deuses para isso

- como nasceu o mundo, o homem; as tempestades

- as emoções humanas como o amor, (simbolizado em Afrodite, Eros e Apolo);  O ciúme( de Hera face ao marido infiel) ou a virtude do casamento  (Hera esposa de Zeus).

- a ordem social: ( Zeus é o rei, o pai dos deuses; Hades governa o Submundo e Posídon os mares.

- a inteligem personificada em Atenas; a guerra com estratégia, a mesma Atena, ou a guerra dura e crua como Ares.

Assim os gregos criaram mitos que explicavam estes fenómenos.

Desta forma, os gregos tornaram-se politeístas com deuses que provocavam os fenómenos da Nautreza ( ex: Zeus); ou explicam as estações do ano como o mito de Deméter e perséfone, que simbolozavam a própria natureza (Como Hélio ou Apolo).

Da mesma forma, os deuses gregos possuem os mesmos defeitos e virtudes dos humanos.

Os gregos que queriam a sua proteção prestavam-lhes cultos diversos:

- em casa – culto domésticos, aos deuses da sua especial devoção

- culto cívico- ao deus protetor de uma cidade ( exemplo Atena em Atenas)

- culto pan helénico – aos deuses venerados por todos os gregos ( como Zeus em honra do qual se realizavam os jogos olimpícos). 



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Oriento o meu estudo - Arte e legado grego; Roma da fundação ao Império e Romanização:

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