Sketch
teatral com fantoche
Salve magister, Salvete collegae ! Titus
sum,
filho de um antigo comerciante romano. Como o meu pai conseguiu fazer fortuna
nos seus negócios, tornou-se cavaleiro e
mais tarde senador. Pode-se dizer que estou muito contente com estas
oportunidades que o Império lhe deu.
Antigamente
vivia numa insula mal cheirosa e com muita gente. Hoje vivo fora da cidade
numa villa, tenho os meus escravos
que me fazem tudo o que preciso e até um de excepcional inteligência, o
Theodorakis que me ensina Literatura, História, Filosofia, Retórica, coisas
importantes para quem quer dominar o
mundo como o meu pai e o próprio império romano fez.
O meu
pai, como comerciante e como cavaleiro viajou por muitas cidades e transmitiu-me
o orgulho de ser romano. O Imperador Trajano conseguiu levar-nos ao expoente da
civilização.
Levamos
construções confortáveis a todos os cantos do mundo. Os Bárbaros aprenderam
connosco a palavra cura valetudinis ou seja, higiene, porque para isso construímos
termas, em toda a parte. Dotamos as povoações humildes de esgotos, templos, estradas,
aquedutos, pontes, cobrimos as casas que antes eram de colmo, come telha,
ensinamos novas técnicas de exploração da terra, do subsolo e do mar, enfim, homines
a fera agrestique vita ad hunc humanum cultum civilemque deducere, ou seja, civilizamos.
Fomos inteligentes e apropriamo-nos de tudo o
que nos era útil: O pensamento racional dos gregos, a sua forma de narrar a
história; a arte, dos Etruscos, aprendemos
a construir com arcos de volta perfeita que permitem uma cobertura mais luxuosa
dos edifícios … e os deuses? A esses quisemo-los todos. Desta forma, ficamos
mais protegidos. É evidente que só não podemos aceitar um, a que chamam Deus,
porque esse dizem ser único e impede-nos de adorar todos os outros e até o
nosso querido imperador.
Valete !