quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Civilização Grega - resumo para o teste.

A Grécia no espaço


 A Grécia situa-se no Sul da Europa, na Península Balcânica,  é banhada pelo Mar Mediterrâneo e é constituída por dezenas de ilhas
O território grego tem um litoral muito recortado, com altas escarpas, um interior muito montanhoso e árido, um clima quente e muito seco, um solo rochoso e pouco favorável à prática da agricultura
    No entanto a maior parte da população vivia desta atividade e da criação de gado. Cultivava cereais; oliveira;  vinha.  No artesanato fabricava vasos de cerâmica, estátuas, armas e navios. A partir do porto do Pireu, os atenienses desenvolveram uma grande frota  comercial. A partir de meados do século VIII a. C., os Gregos expandiram-se e fundaram colónias, territórios independentes mas com laços de união à metrópole.
 Desta forma, os gregos, desde cedo, procuraram novos locais onde fundaram novas cidades-estado, as colónias, que ficavam ligadas à cidade-mãe, pela língua, e religião



Como está organizado o território grego?
A Grécia não era um território unificado porque estava dividido em cidades estado, as Pólis.  Cada cidade-estado era independente, ou seja, tinha o seu próprio Governo e Exército bem como a sua própria moeda. A cidade-estado de Atenas era constituída pela acrópole, a ágora, a zona rural a necrópole e o porto.
As cidades- estado mais importantes, no século V a. C. foram Atenas e Esparta.

Educação Grega
Enquanto em Esparta se valorizava mais a educação física e guerreira, sendo os rapazes entregues aos 7 anos à pólis para se tornarem verdadeiros guerreiros, em Atenas, rapazes e raparigas eram educados pelas mães até aos 7 anos. A partir daí, as raparigas continuavam com a mãe a aprender as lides domésticas e a música e os rapazes iam à escola onde aprendiam a Gramática, a Retórica, a Oratória, a Filosofia, a Música e exercícios físicos.
Surge, então, o ideal “Alma sã num corpo são", formação integral do homem que tem por objetivo formar o Homem e o Cidadão.

Características da democracia Ateniense
Péricles, no século V a. C., instituiu a democracia.
A democracia (Dêmos = Povo e Cratos = Poder) ateniense é um regime político onde os cidadãos (filhos de mãe e pai ateniense, maiores de 18 anos) governam diretamente a cidade.

A Democracia ateniense tinha imperfeições já que só os cidadãos, 10% da população ateniense é que participava na vida política; mulheres, metecos e escravos não participavam; os escravos eram considerados inferiores, verdadeiros objetos de trabalho; havia a condenação à morte; o Ostracismo (exílio). Atenas serviu-se, também da Liga de Delos para impor a sua supremacia sobre os seus aliados, foi o imperialismo.

Religião Grega





Os Gregos adoravam muitos deuses. Eram politeístas. Os deuses gregos tinham forma humana – antropomórficos e tinham as mesmas virtudes e defeitos dos humanos.

O culto era praticado em casa – culto doméstico – em honra dos deuses do lar e dos antepassados.

O culto praticado aos deuses da pólis, era o Culto cívico. Atena era a deusa protetora da cidade de Atenas.

O Culto praticado por todos os gregos nos santuários – era o Culto pan-helénico. Ex. Santuário de Apolo em Delfos; Santuário de Zeus em Olímpia


Características do Teatro

Um dos espetáculos preferidos dos Gregos era o Teatro. O teatro nasceu associado ao culto do Deus Dionísio. As peças eram representadas no teatro, espaço semi-circular.Todos os papéis eram representados por homens que usavam máscaras, para se caracterizarem e amplificarem voz. Calçavam uns sapatos de salto alto, os “ coturnos “, para ficarem maiores.


Havia dois géneros de representações teatrais:
- a Tragédia que era normalmente inspirada mas histórias dos heróis e retratava o sofrimento do Homem, vítima do próprio destino, levando o espetador a refletir sobre a sua própria vida.
Mostravam que o Homem está sujeito ao Destino e é sempre castigado pelos seus crimes.
Autores:
Sófocles; Ésquilo e Eurípedes.
Cena de uma tragédia: “Édipo-Rei”:
“Édipo, filho dos reis de Tebas, fora abandonado pelos pais, porque os oráculos prediziam que ele viria a matar o pai e a casar com a própria mãe, tornando-se assim r ei de Tebas. Um servo salvou a vida da criança, que cresceu longe daquela cidade, ignorando a sua origem. Anos mais tarde, Édipo veio parar a Tebas e as previsões do oráculo cumpriram-se.
O Mensageiro (dirigindo-se ao servo) – Vamos, fala. Lembras-te de me ter dado um menino para eu criar como se fosse meu?
O Servo – Que há? Porque me interrogas assim?
O Mensageiro (apontando para Édipo) – Eis aqui, amigo, o menino desse tempo.
O Servo – Que desgraça vais provocar! Vê se te calas!
Édipo – Onde foste buscar essa criança? Era tua ou de outra pessoa?
O Servo – Não era minha; tinha-a recebido de alguém
Édipo – De que cidadão? De que casa? […]
O Servo – Era um menino do palácio do rei Laio.
Édipo – Era um escravo ou pertencia à família de Laio?
O Servo – Ó deuses! É a coisa mais horrível para mim!
Édipo – E para mim também. Mas tenho de ouvi-la.
O Servo – Dizia-se que era filho de Laio. Mas tua mulher que está no palácio poderá explicar muito melhor como tudo se passou.
Édipo – Foi ela própria que te entregou a criança?
O Servo – Foi ela, ó Rei.
Édipo – Com que intenção?
O Servo – Para eu a matar.
Édipo – Ela! A mãe! Ó desgraçada!
O Servo – Temia oráculos terríveis!
Édipo – Que oráculos?
O Servo – Estava predestinado que mataria seus pais.
Édipo – Porque a deste a este velho?
O Servo – Tive pena, Senhor. Julguei que levaria a criança para terras estranhas. Mas salvou-a para grandes desgraças. Se eras tu, fica sabendo que és bem infeliz.
Édipo – Ai de mim! Ai de mim! Tudo é claro agora! Ó luz do dia, vejo-te pela última vez, eu que nasci de quem não devia nascer, que me casei com quem não devia casar-me e matei quem não devia matar!
O Coro – Ó geração dos mortais, a vossa vida nada é a meus olhos. A maior felicidade para um homem é a de parecer feliz e de logo morrer. Vejo o teu destino, a tua sorte, infeliz Édipo, e afirmo que não há felicidade para os mortais.
Levaste o teu desejo além de tudo e couberam-te esplêndidas riquezas. […] Fizeram-te rei, revestiram-te de altíssimas honras e és chefe da grande Tebas.
E agora quem é mais desgraçado do que tu? A quem lançaram as mudanças da vida em desastres mais terríveis? […]
O Arauto (vindo do palácio) – Ó vós que sois os homens mais honrados desta terra, que lamentos ireis soltar com o que ides saber e ver! […] Jocasta morreu.
O Coro – Oh, desgraçada! E qual foi a causa da morte?
O Arauto – Ela própria. […] Cheia de desespero, foi direita ao quarto, arrancando os cabelos com as mãos; e, depois de entrar, fechou violentamente as portas por dentro. […] Édipo precipitou-se atrás dela […]. Com gritos medonhos, atirou-se de encontro às portas, arrancou os batentes dos gonzos e lançou-se no quarto onde viu sua mulher suspensa da corda que a estrangulava. […] Então, passou-se uma coisa terrível: [feriu violentamente] os olhos, dizendo que não mais veriam os males que sofrera e as desgraças que tinha causado. […] A desgraça não caiu apenas sobre um dos esposos; os dois uniram os seus males. Tiveram de facto uma felicidade verdadeira, em outros tempos. Hoje, porém, nada falta em desventura, lamentos e desastres, mortes e desonras.”
                                                         Sófocles, Édipo-Rei



A Comédia retratava com humor temas da vida quotidiana, eram sátiras que criticavam os costumes. Neste género, destacou-se o autor Aristófanes.
    “Salsicheiro:
Mas, diga-me uma coisa: como é que eu, um salsicheiro, me vou tornar um político, um líder?

 Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Mas é precisamente nisso que está a sua grandeza: em você ser um canalha, um vagabundo, um ser inferior!

Salsicheiro:
Pois eu não me julgo digno de tamanho poder!

Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Ai, ai, ai, ai, ai, ai! O que é que te faz dizer que não te achas digno? Estás me parecendo que tens alguma coisa de bom a pesar-te na consciência. Serás tu filho de boa família?
Salsicheiro:
Nem de sombra! De patifes, mais nada!

Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Homem ditoso! Que sorte a tua! Tens todas as qualidades para a vida pública!

Salsicheiro:
Mas, meu caro amigo, instrução não tenho nenhuma. Conheço as primeiras letras e, mesmo estas, mal e porcamente!

Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Isso não é problema! Que as conheças mal e porcamente! A política não é assunto para gente culta e de bons princípios: é para ignorantes e velhacos!
                                                                               Aristófanes, Rei Édipo

Jogos Olímpicos

A religião está relacionada com os Jogos Olímpicos porque estes nasceram em Olímpia, em honra do deus Zeus. As guerras eram suspensas durante os Jogos para que todos os Gregos participassem, criando um laço de união entre todos os gregos.
Realizavam-se várias provas, sendo o pentatlo a mais importante. O vencedor era coroado e era erigida uma estátua erguida em seu nome

Arte Grega

A arte grega atingiu o apogeu nos séculos V e IV a. C. – período clássico.
 O que caracteriza a arte clássica é a HARMONIA e o EQUILÍBRIO.
A arquitetura obedecia a três Ordens: Dórica; Jónica  e Coríntia.





ORDEM DÓRICA – mais sóbria e severa.
ORDEM JÓNICA – mais rica de ornamentação
ORDEM CORÍNTIA – é uma variante da ordem jónica, que se distingue apenas pela decoração do capitel.
Faz a legenda da figura:


1 – Ordem _________
2 – Ordem _________

A ARQUITETURA grega tinha as seguintes características:

Simplicidade e elegância
 Harmonia
 Cuidado com detalhes
 Ordem Dórica; Jónica e Coríntia

ESCULTURA
A escultura tem um profundo sentido HUMANISTA, isto é, valoriza e enaltece o HOMEM.
Apresenta beleza ideal; Harmonia e proporção; Serenidade e calma; simplicidade e elegância; naturalidade; movimento.

PINTURA
Vasos produzidos no século VI a.C., destacam-se as figuras negras sobre o fundo vermelho.
A partir do século V a. C., a pintura das figuras em tons de vermelho ou dourados, sobre fundo negro, permitiu realçar o brilho do desenho.

Há muita produção nos vasos de cerâmica; representam cenas mitológicas e do quotidiano
No séc. V, IV a. C, as obras alcançaram tal perfeição que se tornaram um modelo para muitos artistas de outras épocas.
A arte, em geral, alcançou com os Gregos grande perfeição e harmonia.
 Nos templos, os Gregos utilizaram três ordens: a ordem dórica, a jónica e a coríntia.
 Nas encostas dos montes, construíram belos anfiteatros.
 Na escultura, de grande perfeição, a figura humana é o tema central.
 Na pintura executada, sobretudo, em vasos de cerâmica constitui uma fonte preciosa para o estudo da civilização helénica.


A civilização grega influenciou o mundo Ocidental

Os gregos ampliaram o alfabeto Fenício, passando-os, depois aos romanos

Divulgaram a moeda

Atenas foi o berço da democracia

O Culto de Dionísio - originou o teato

Grécia – origem da filosofia ( amigo da sabedoria)

Grécia – origem da História: Heródoto; Tucídides.

Grécia – origem da Oratória  - arte de bem falar e convencer

Ideal de vida: "Alma sã numa corpo são". Desenvolveu um sistema de educação integral e equilibrado, baseado no desenvolvimento da parte intelectual, física e espiritual do ser humano. Ainda hoje influencia os sistemas educativos ocidentais

Grécia criou os Jogos Olímpicos, em honra do deus Zeus.

Arte grega – um equilíbrio sempre repetido.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Grécia -teste - Orientação do estudo


Oriento o meu estudo

1.Localizo no espaço e no tempo a civilização Grega.

2. Explico a formação das Cidades-Estado gregas.

3. Relaciono as características geográficas com as actividades económicas.

4. Nomeio as principais características da religião grega.

5. Descrevo os principais deuses gregos.

6. Caracterizo as diferentes formas de culto que os gregos prestavam aos seus deuses.

7. Mostro a importância dos Jogos Olímpicos e do Teatro.

8. Caracterizo a Democracia ateniense.

9. Explico as limitações da Democracia ateniense.

10. Descrevo a sociedade Ateniense.

11. Caracterizo a arte grega - arquitectura: escultura e cerâmica


12. Analiso o legado deixado pelos gregos à civilização actual.