http://www.lascaux.culture.fr/#/fr/02_00.xml
( obrigada à Rosa Ferro por me ter dado o link)
A gruta fica no Périgord, na comuna de Montignac (Dordogne), a quarenta quilómetros a Sudeste de Périgueux.
Repara na planta da gruta; nos temas pintados; por que razão podemos pensar em Lascaux como um santuário?
As paredes estão pintadas com bovídeos, cavalos, cervos, cabras selvagens, felinos. Os estudos feitos situam as pinturas cerca de 17.000 anos A. C. Todavia, certos indícios, tanto temáticos como gráficos, levam a pensar que algumas das figuras podem rondar os 15.500 A. C. Esta hipótese é confirmada pela datação obtida a partir do Carbono 14.
Como a grande afluência de turistas estava a deteriorar as pinturas, foi construída uma réplica da parte mais representativa da caverna, "Divertículo axial" e "Sala dos Touros".
A caverna original acabou por ser reproduzida. É baptizada como Lascaux II. Foi inaugurada em 1983.
É MUITO INTERESSANTE A HISTÓRIA DA DESCOBERTA DESTA GRUTA. QUERES CONHECÊ-LA?
A gruta de Lascaux foi descoberta a 12 de Setembro de 1940 por quatro adolescentes: Marcel Ravidat, Jacques Marsal, Georges Agnel, e Simon Coencas, acompanhados de Robô, o cão de Marcel. Na verdade, a tradição referia uma passagem secreta subterrânea na zona rural em torno de aldeia francesa. Os adolescentes tinham descoberto a entrada da gruta, pensando estar a caminho de encontrar um tesouro.
Quatro dias depois, voltaram para explorá-lo. Foram munidos com uma lamparina e um após outro contorceram-se pelo longo corredor. Quando chegaram a uma galeria enorme, Marcel levantou a lâmpada, e puderam descortinar, com a sua luz bruxuleante, uma passagem elevada. Entraram pelo corredor, e fazendo incidir a luz sobre as paredes, ficaram simplesmente maravilhados : Manadas de cavalos, bois, veados a correram em toda a parede da caverna curva. Na verdade, os animais coloridos pareciam saltar fora das paredes. Excitados, os adolescentes atravessaram a caverna, encontrando pinturas de animais em cada sala. Era o tesouro de Lascaux.
Decidiram então guardar segredo, mas era um segredo muito difícil de manter. Acabaram po contar ao seu professor que falou com o pré-historiador Henri Breuil, refugiado na zona durante a ocupação nazi. Este visitou a gruta a 21 de Setembro de 1940, em companhia de Jean Bouyssonnie e André Cheynier.
H. Breuil foi, assim, o primeiro especialista a autenticar a gruta, descrevê-la e estudá-la.
Os historiadores acreditam que as pessoas contavam histórias sobre os animais e como foram pintados pelos artistas, mas essas histórias orais perderam-se para sempre.
De 1952 a 1963, por encomenda de Breuil, foram efectuadas novos levantamentos, por André Glory, que contabilizou um total de 1.433 representações (hoje estão catalogadas 1.900). Na mesma época
Annette Laming-Emperaire, André Leroi-Gourhan e, entre 1989 e 1999, por Norbert Aujoulat também estudaram a gruta, hoje denominada Capela Sistina da Pré História.
Procura observar, os temas das pinturas, a localização, por que razão se dá o nome de Capela Sistina a esta gruta? Investiga. É um desafio.
