segunda-feira, 20 de setembro de 2021

CRISE DO SÉCULO XIV

 CRISE DO SÉCULO XIV

Feed back : Cultura medieval

Motivação: extrato do filme: O Nome da Rosa

Situação problema
Da Fome da peste e da guerra livrai-nos Senhor



Recursos: Blogue Estoriar 2 – Crise do século IV
Textos.
Questão introdutória ao texto Que razões motivaram a crise económica do século XIV ?
Em 1315, o tempo foi muito mau: nas zonas de clima oceânico as terras foram inundadas de chuva. Uma parte dos trigos de Inverno apodreceu na terra, as colheitas foram fracas e muito difíceis as lavras do Outono. Mal trabalhado, o solo deu em 1316 um rendimento muito inferior ao normal. Em Inglaterra, o preço do trigo quadruplicou em 1315 e multiplicou-se por oito em 1316. Esta fome, pela sua extensão geográfica, provocou epidemias sérias e uma forte subida de mortalidade.
 Pierre Léon (dir) História Económica e social do mundo (adaptado)
 Questão introdutória ao texto Que medidas eram postas em prática para combater a peste ?
No ano do Senhor de 1347, três galeras carregadas de especiarias chegavam ao porto de Génova, vindas à pressa do Oriente mas horrivelmente infectadas. Estes navios como estavam contaminados foram retirados do porto com ajuda de flechas inflamadas e outros engenhos. Empurrados de porto em porto, um dos três navios chegou a Marselha. Aqui foram fechadas as portas da cidade, com excepção de duas pequenas pelo que morreram quatro quintos da população. Carta de Inês de Boering, 1348
A Peste Negra, ou peste bubónica, veio da Ásia Central e alastrou-se à Europa em 1347. Três anos depois já tinha matado milhões de pessoas em toda a Europa. Pelo menos, um terço da população morreu. A doença era transmitida aos seres humanos por bactérias mortíferas: primeiro uma picada de pulga de um rato infectado e depois a pulga transmitia as bactérias quando mordia um indivíduo. As pessoas na idade Média não faziam a mínima ideia de como a peste se espalhava e isso causou grande temor e pânico. Atlas do Mundo Medieval (séculos IV-XV ), C. Leitores, p, 30
O triunfo da morte, Quadro de Peter Brueghel, 1582 Museu do Prado
Manual P.P. 188 a 194

Desenvolvimento



Avaliação:
Pequenas questões formativas

Conclusão
A crise do século XIV
Síntese:
Crise do século XIV :
- Campos abandonados
 Fome Peste e epidemias
- Impostos e rendas altas
 - Condições de vida difíceis
- Vilas despovoadas
 - Guerra Revoltas sociais
- Depressão económica
 Conclusão
No século XIV, a Europa foi afetada por uma grave crise económica e social: fomes, pestes, guerras afetaram a população que em consequência diminuiu e deixou muitos campos por cultivar. Os preços subiram, a moeda desvalorizou o que exigiu o aumento dos salários. Os senhores elevaram os impostos o que levou  o povo à revolta.
Para esquecer todo este contexto há diversas práticas de feitiçaria, heresias, satanismo, misticismo, pessoas que se flagelam para que os pecados lhe sejam perdoados.
Outros fazem orgias como se não houvesse amanhã.
As danças macabras são frequentes.

Planificação do trabalho: As principais epidemias ou pandemias - uma perspetiva histórica geral.

CRISES E REVOLUÇÕES EM PORTUGAL - Crise de 1383-85

 


CRISES DO SÉCULO XIV

 

Feed back - Crises do século XIV

 Trilogia: Fome, Peste e Guerra

 

Um Tempo de Revolução

 

 Crise de 1383-85 - Portugal:

https://www.slideshare.net/mariafimgomes/crise-de-1383-85-5994320

Manual: pp. 194 a 197

 Depois de observar o P.P. e o video, responde a estas questões:

Descreve as razões da crise do séc XIV em Portugal.

Explica as medidas que tentaram dar-lhe solução.

De que forma a crise de 1383-85 contribuiu para a identidade nacional?

 

Batalha de Aljubarrota:

 

 

https://meuestoriar.blogspot.com/2011/08/em-ferias-com-cultura-aljubarrota_14.html

 

AVALIAÇÃO:



https://quizizz.com/admin/quiz/5ede2b002a1644001b38f409/crise-do-s%C3%A9culo-xiv-em-portugal

 

Descreve as razões da crise do séc. 





XIV em Portugal.

Explica as medidas que tentaram dar-lhe solução.

De que forma a crise de 1383-85 contribuiu para a identidade nacional?

 

                      


 

Conclusão:

 

A trilogia: Fome, Peste e Guerra ( guerras fernandinas) também se fez sentir em Portugal.

Para responder à Crise económica provocada pela fome e peste negra:

D. Afonso IV implementa as Leis do Trabalho que tabelavam os salários e obrigava as pessoas a retomar o ofício que desempenhava antes da Peste.(1349)

Nesta altura, havia quebra na produção agrícola o que determinava  aumento dos preços.

Os impostos foram também aumentados para fazer face às dívidas e necessidades dos senhores e rei.

D. Fernando envolveu-se em guerra com Castela, (de 1369 a 1382), um longo período, cujas consequências se fizeram sentir na falta de mão de obra e no abandono dos campos. Esta situação foi agravada pela fome e pela peste.o que agravou a situação económica. e financeira. 

A falta de mão de obra provocou grande quebra na produção: a oferta era inferior à procura. Desta forma, os preços aumentaram.

Os trabalhadores como eram poucos exigiam aumento de salários. Para fazer face a isto e ao pagamento das rendas e dívidas, a moeda foi desvalorizada.

Para  aumentar a produção D. Fernando publicou:

Lei das Sesmarias – que obrigava os proprietários de campos a lavrá-los ou a arrendá-los a quem os cultivasse.. 

A crise económica e social do século XIV foi agravada em Portugal por uma crise política.

 A derrota de D. Fernando face a Castela determinou que em 1383, tivesse que assinar o Tratado de Salvaterra de Magos pelo qual prometia casar a sua filha, D. Beatriz, com o rei de Castela.

Após a morte de D. Fernando o povo revoltou-se e aclamou D. João Mestre de Aviz como “Regedor e Defensor do Reino”.

O povo e a burguesia e uma parte da Nobreza, como os Pereira (de quem Nuno Álvares Pereira é exemplo) apoiou D. João Mestre de Aviz.

Outra parte da Nobreza apoiou D. João de Castela e D. Beatriz.

No entanto, o  rei de Castela invadiu Portugal. (cerco de Lisboa; batalha dos Atoleiros (1384); Trancoso e  Valverde (1385).

Nas cortes de Coimbra,emm 1385, o Dr. João das Regras conseguiu provar a legitimidade  e o benefício de D. João Mestre de Aviz ser rei de Portugal, vindo a ser aclamado rei.

D. João de castela volta a invadir Portugal, sendo derrotado a 14 de agosto de 1385, em Aljubarrota, garantindo a independência de Portugal

Esta Crise  obriga os grupos sociais a tomar partido e a defender a independência nacional face a Castela consolidando a coesão nacional, ou seja a ideia de nação portuguesa.

 

Podes ver mais desenvolvimentos da batalha de Aljubarrota em

https://www.youtube.com/watch?v=d_1PzjpQMKk

  28.20 – preparação batalha de Aljubarrota

 

https://www.fundacao-aljubarrota.pt/page/as-batalhas#1385-batalha-de-aljubarrota-guerra-da-independencia –  Centro de interpretação de Aljubarrota