Cultura Grega
Características do Teatro
Um dos espetáculos preferidos dos Gregos
era o Teatro. O teatro nasceu associado ao culto do Deus Dionísio. As peças
eram representadas no teatro, espaço semi-circular.Todos os papéis eram
representados por homens que usavam máscaras, para se caracterizarem e
amplificarem voz. Calçavam uns sapatos de salto alto, os “ coturnos “, para
ficarem maiores.
Havia dois géneros de representações teatrais:
- a Tragédia que era
normalmente inspirada mas histórias dos heróis e retratava o sofrimento do
Homem, vítima do próprio destino, levando o espetador a refletir sobre a sua
própria vida.
Mostravam que o Homem está sujeito ao
Destino e é sempre castigado pelos seus crimes.
Autores:
Sófocles; Ésquilo e Eurípedes.
Cena de uma tragédia: “Édipo-Rei”:
“Édipo, filho dos reis de Tebas, fora
abandonado pelos pais, porque os oráculos prediziam que ele viria a matar o pai
e a casar com a própria mãe, tornando-se assim r ei de Tebas. Um servo salvou a
vida da criança, que cresceu longe daquela cidade, ignorando a sua origem. Anos
mais tarde, Édipo veio parar a Tebas e as previsões do oráculo cumpriram-se.
O Mensageiro (dirigindo-se ao servo) –
Vamos, fala. Lembras-te de me ter dado um menino para eu criar como se fosse
meu?
O Servo – Que há? Porque me interrogas
assim?
O Mensageiro (apontando para Édipo) –
Eis aqui, amigo, o menino desse tempo.
O Servo – Que desgraça vais provocar! Vê
se te calas!
Édipo – Onde foste buscar essa criança?
Era tua ou de outra pessoa?
O Servo – Não era minha; tinha-a
recebido de alguém
Édipo – De que cidadão? De que casa? […]
O Servo – Era um menino do palácio do
rei Laio.
Édipo – Era um escravo ou pertencia à
família de Laio?
O Servo – Ó deuses! É a coisa mais
horrível para mim!
Édipo – E para mim também. Mas tenho de
ouvi-la.
O Servo – Dizia-se que era filho de
Laio. Mas tua mulher que está no palácio poderá explicar muito melhor como tudo
se passou.
Édipo – Foi ela própria que te entregou
a criança?
O Servo – Foi ela, ó Rei.
Édipo – Com que intenção?
O Servo – Para eu a matar.
Édipo – Ela! A mãe! Ó desgraçada!
O Servo – Temia oráculos terríveis!
Édipo – Que oráculos?
O Servo – Estava predestinado que
mataria seus pais.
Édipo – Porque a deste a este velho?
O Servo – Tive pena, Senhor. Julguei que
levaria a criança para terras estranhas. Mas salvou-a para grandes desgraças.
Se eras tu, fica sabendo que és bem infeliz.
Édipo – Ai de mim! Ai de mim! Tudo é
claro agora! Ó luz do dia, vejo-te pela última vez, eu que nasci de quem não
devia nascer, que me casei com quem não devia casar-me e matei quem não devia
matar!
O Coro – Ó geração dos mortais, a vossa
vida nada é a meus olhos. A maior felicidade para um homem é a de parecer feliz
e de logo morrer. Vejo o teu destino, a tua sorte, infeliz Édipo, e afirmo que
não há felicidade para os mortais.
Levaste o teu desejo além de tudo e
couberam-te esplêndidas riquezas. […] Fizeram-te rei, revestiram-te de
altíssimas honras e és chefe da grande Tebas.
E agora quem é mais desgraçado do que
tu? A quem lançaram as mudanças da vida em desastres mais terríveis? […]
O Arauto (vindo do palácio) – Ó vós que
sois os homens mais honrados desta terra, que lamentos ireis soltar com o que
ides saber e ver! […] Jocasta morreu.
O Coro – Oh, desgraçada! E qual foi a
causa da morte?
O Arauto – Ela própria. […] Cheia de
desespero, foi direita ao quarto, arrancando os cabelos com as mãos; e, depois
de entrar, fechou violentamente as portas por dentro. […] Édipo precipitou-se
atrás dela […]. Com gritos medonhos, atirou-se de encontro às portas, arrancou
os batentes dos gonzos e lançou-se no quarto onde viu sua mulher suspensa da
corda que a estrangulava. […] Então, passou-se uma coisa terrível: [feriu
violentamente] os olhos, dizendo que não mais veriam os males que sofrera e as
desgraças que tinha causado. […] A desgraça não caiu apenas sobre um dos
esposos; os dois uniram os seus males. Tiveram de facto uma felicidade
verdadeira, em outros tempos. Hoje, porém, nada falta em desventura, lamentos e
desastres, mortes e desonras.”
Sófocles, Édipo-Rei
A Comédia retratava com
humor temas da vida quotidiana, eram sátiras que criticavam os costumes.
Neste género, destacou-se o autor Aristófanes.
“Salsicheiro:
Mas, diga-me uma coisa: como é que eu,
um salsicheiro, me vou tornar um político, um líder?
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Mas é precisamente nisso que está a sua grandeza: em você ser um canalha, um vagabundo, um ser inferior!
Salsicheiro:
Pois eu não me julgo digno de tamanho poder!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Ai, ai, ai, ai, ai, ai! O que é que te faz dizer que não te achas digno? Estás me parecendo que tens alguma coisa de bom a pesar-te na consciência. Serás tu filho de boa família?
Salsicheiro:
Nem de sombra! De patifes, mais nada!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Homem ditoso! Que sorte a tua! Tens todas as qualidades para a vida pública!
Salsicheiro:
Mas, meu caro amigo, instrução não tenho nenhuma. Conheço as primeiras letras e, mesmo estas, mal e porcamente!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Isso não é problema! Que as conheças mal e porcamente! A política não é assunto para gente culta e de bons princípios: é para ignorantes e velhacos!”
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Mas é precisamente nisso que está a sua grandeza: em você ser um canalha, um vagabundo, um ser inferior!
Salsicheiro:
Pois eu não me julgo digno de tamanho poder!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Ai, ai, ai, ai, ai, ai! O que é que te faz dizer que não te achas digno? Estás me parecendo que tens alguma coisa de bom a pesar-te na consciência. Serás tu filho de boa família?
Salsicheiro:
Nem de sombra! De patifes, mais nada!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Homem ditoso! Que sorte a tua! Tens todas as qualidades para a vida pública!
Salsicheiro:
Mas, meu caro amigo, instrução não tenho nenhuma. Conheço as primeiras letras e, mesmo estas, mal e porcamente!
Primeiro Escravo (general Demóstenes):
Isso não é problema! Que as conheças mal e porcamente! A política não é assunto para gente culta e de bons princípios: é para ignorantes e velhacos!”
Aristófanes, Rei Édipo
Jogos Olímpicos
A religião está relacionada com os Jogos
Olímpicos porque estes nasceram em Olímpia, em honra do deus Zeus. As guerras
eram suspensas durante os Jogos para que todos os Gregos participassem, criando
um laço de união entre todos os gregos.
Realizavam-se várias provas, sendo o
pentatlo a mais importante. O vencedor era coroado e era erigida uma estátua
erguida em seu nome
Arte Grega
A arte grega atingiu o apogeu nos
séculos V e IV a. C. – período clássico.
O que caracteriza a arte clássica
é a HARMONIA e o EQUILÍBRIO.
A arquitetura obedecia a três Ordens:
Dórica; Jónica e Coríntia.
ORDEM DÓRICA – mais sóbria e severa.
ORDEM JÓNICA – mais rica de ornamentação
ORDEM CORÍNTIA – é uma variante da ordem
jónica, que se distingue apenas pela decoração do capitel.
Faz a legenda da figura:
Indica a ordem de cada um dos edifícios. Justifica.
A ARQUITETURA grega
tinha as seguintes características:
Simplicidade e elegância
Harmonia
Cuidado com detalhes
Ordem Dórica; Jónica e Coríntia
ESCULTURA
A escultura tem um profundo sentido
HUMANISTA, isto é, valoriza e enaltece o HOMEM.
Apresenta beleza ideal; Harmonia e
proporção; Serenidade e calma; simplicidade e elegância; naturalidade;
movimento.
PINTURA
Nos vasos produzidos no século VI a.C.,
destacam-se as figuras negras sobre o fundo vermelho.
A partir do século V a. C., a pintura
das figuras em tons de vermelho ou dourados, sobre fundo negro, permitiu
realçar o brilho do desenho.
Os
vasos de cerâmica representam cenas mitológicas e da vida quotidiana
No séc. V, IV a. C, as obras alcançaram
tal perfeição que se tornaram um modelo para muitos artistas de outras épocas.
A arte, em geral, alcançou com os Gregos
grande perfeição e harmonia.
Nos templos, os Gregos utilizaram
três ordens: a ordem dórica, a jónica e a coríntia.
Nas encostas dos montes,
construíram belos anfiteatros.
Na escultura, de grande perfeição,
a figura humana é o tema central.
Na pintura executada, sobretudo,
em vasos de cerâmica constitui uma fonte preciosa para o estudo da civilização
helénica.
A civilização grega influenciou o mundo
Ocidental
Os gregos ampliaram o alfabeto Fenício,
passando-os, depois aos romanos
Divulgaram a moeda
Atenas foi o berço da democracia
O Culto de Dionísio - originou o teatro
Grécia – origem da filosofia ( amigo da
sabedoria)
Grécia – origem da História: Heródoto;
Tucídides.
Grécia – origem da Oratória - arte
de bem falar e convencer
Ideal de vida: "mente sã num corpo são". Desenvolveu um
sistema de educação integral e equilibrado, baseado no desenvolvimento da parte
intelectual, física e espiritual do ser humano. Ainda hoje influencia os
sistemas educativos ocidentais
Grécia criou os Jogos Olímpicos, em honra do deus Zeus.
Arte grega – um equilíbrio sempre
repetido.
Cronologia da Civilização romana
Lenda da fundação de Roma
Formação de Roma
Roma - de lugar a grande potência
A Sociedade
Romana
IMPERADOR
Ordem Senatorial
Ordem equestre
Não privilegiados
Não livres
ECONOMIA
ROMANA
ROMANIZAÇÃO
Língua latina
Arquitetura – pontes,
aquedutos, estradas, templos, termas, teatros, edifícios públicos
Desenvolvimento urbano (Olissipo
=Lisbos; Bracara Augusta =Braga; Emerita Augusta=Mérida).
Como
é que os povos dominados foram integrados no Império?