quinta-feira, 9 de março de 2017

Roma Sketch teatral

Sketch teatral com fantoche




Salve magister, Salvete collegae ! Titus sum, filho de um antigo comerciante romano. Como o meu pai conseguiu fazer fortuna nos seus negócios, tornou-se  cavaleiro e mais tarde senador. Pode-se dizer que estou muito contente com estas oportunidades que o Império lhe deu.
Antigamente vivia  numa insula mal cheirosa e com muita gente. Hoje vivo fora da cidade numa villa, tenho os meus escravos que me fazem tudo o que preciso e até um de excepcional inteligência, o Theodorakis que me ensina Literatura, História, Filosofia, Retórica, coisas importantes para quem quer  dominar o mundo como o meu pai e o próprio império romano fez.
O meu pai, como comerciante e como cavaleiro viajou por muitas cidades e transmitiu-me o orgulho de ser romano. O Imperador Trajano conseguiu levar-nos ao expoente da civilização.
Levamos construções confortáveis a todos os cantos do mundo. Os Bárbaros aprenderam connosco a palavra cura valetudinis ou seja, higiene, porque para isso construímos termas, em toda a parte. Dotamos as povoações humildes de esgotos, templos, estradas, aquedutos, pontes, cobrimos as casas que antes eram de colmo, come telha, ensinamos novas técnicas de exploração da terra, do subsolo e do mar, enfim, homines a fera agrestique vita ad hunc humanum cultum civilemque  deducere, ou seja, civilizamos.
 Fomos inteligentes e apropriamo-nos de tudo o que nos era útil: O pensamento racional dos gregos, a sua forma de narrar a história; a arte, dos Etruscos,  aprendemos a construir com arcos de volta perfeita que permitem uma cobertura mais luxuosa dos edifícios … e os deuses? A esses quisemo-los todos. Desta forma, ficamos mais protegidos. É evidente que só não podemos aceitar um, a que chamam Deus, porque esse dizem ser único e impede-nos de adorar todos os outros e até o nosso querido imperador.
Valete !